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A comunidade de São Tomé do Aporema, localizada em Tartarugalzinho, no Amapá, foi reconhecida como remanescente de quilombo.

  • Foto do escritor: conexaogospelamapa
    conexaogospelamapa
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a região é habitada por 20 famílias e abrange uma área de 2,17 mil hectares. O reconhecimento como remanescente de quilombo visa garantir a posse e propriedade das terras historicamente utilizadas pelos afrodescendentes.

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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu a terra da comunidade de São Tomé do Aporema, em Tartarugalzinho, no Amapá, como remanescente de quilombo. A declaração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 1º de abril. A área compreende 2,17 mil hectares e conta com 20 famílias morando de forma permanente. Além disso, o levantamento do Incra aponta que mais oito famílias possuem residência temporária na região, totalizando 93 habitantes na comunidade. O reconhecimento visa garantir a posse e propriedade das terras utilizadas pelos afrodescendentes, que são comunidades formadas por descendentes de africanos escravizados que fugiram e resistiram à escravidão ao longo da história. Essas regiões geralmente preservam características dessas comunidades tradicionais e desempenham um papel importante na construção sociocultural da sociedade brasileira. De acordo com dados do Censo 2020, o Amapá tem 12.524 quilombolas, o que representa aproximadamente 1,7% da população total do estado. https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2023/07/27/amapa-tem-12524-quilombolas-cerca-de-17percent-da-populacao-total-do-estado-aponta-censo.ghtml Essa etapa é parte de uma série de etapas essenciais, que incluem a abertura do processo de reconhecimento em 2008. Além disso, foram realizadas a Certificação pela Fundação Palmares em 2010, a elaboração do Relatório Antropológico em 2012 e a publicação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) em novembro de 2018. De acordo com o superintendente do Incra no Amapá, Gersuliano Pinto, essa etapa é fundamental para os moradores de São Tomé do Aporema. "Um grande passo para a conquista das terras da Comunidade São Tomé do Aporema foi dado no último dia primeiro de abril, quando foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria 1061, por meio da qual o Incra reconhece o lugar como área remanescente de quilombo, definindo também os seus limites territoriais", afirmou Gersuliano. A Comunidade São Tomé do Aporema foi formada a partir da chegada de Marcelino Cardoso e Maria Malvina Dias, que vieram do estado de Pernambuco e fugiram do sistema escravista que existia no Brasil na época. De acordo com registros do Incra, a área desse quilombo foi formada após o casal, Marcelino Cardoso e Maria Malvina Dias, deixar o quilombo do Igarapé do Palha, localizado no baixo rio Araguari, próximo à sede do município de Ferreira Gomes, em busca de terras para se estabelecer.

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Posteriormente, eles se estabeleceram na região conhecida como Vale do rio Aporema, especificamente no local que hoje é conhecido como São Tomé do Aporema. A comunidade está situada em uma região onde são desenvolvidas atividades como a pecuária e a pesca artesanal. A pecuária é praticada na região com a criação de búfalos, principalmente em áreas de campos naturais que abrangem uma grande extensão de terra. Na agricultura, a comunidade se destaca no cultivo de mandioca e feijão caupi. Além disso, também é comum a coleta de frutos como açaí e bacaba, que são utilizados como complemento alimentar dos moradores. "Não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história."

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